ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA
Introdução
Na época em que os
portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a
realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho
dos índios
nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os
religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão.
Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela
época. Eles foram à busca de negros na África
para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia.
Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil. Processo de abolição da
escravatura no Brasil
Os negros,
trazidos do continente
Africano, eram transportados dentro dos porões dos
navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos
deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por
fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria,
havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas
(grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo);
contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que
manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país
contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e
outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos
deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870,
a região
Sul
do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros;
no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a
utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era
grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos
proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus
objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do
tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre
(de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que
nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi
aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros
de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que
liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei,
assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
Herança dos Escravos
Tanto
os indígenas quanto os escravos africanos foram elementos essenciais para a
formação não somente da população, mas também da cultura
brasileira.
A diversidade
étnica
verificada no Brasil decorre do processo de miscigenação entre colonos europeus
(portugueses), indígenas e africanos. A cultura brasileira, por sua vez,
apresenta fortes traços tanto da cultura
indígena
quanto da cultura
africana.
Desde a culinária, onde se verificam o vatapá, o caruru e chegando até a língua portuguesa, é
impossível não perceber a influência da cultura dos povos que foram
escravizados no Brasil.
A
origem da feijoada
brasileira
tem sido alvo de controvérsias, alguns afirmam que, ao contrário do que é
amplamente difundido, não tem origem entre os escravos, mas em um prato
português. Nesse aspecto, entretanto, é importante ressaltar que partes dos
porcos utilizados no preparo da feijoada não eram usados pelos escravocratas, o
que reforça a tese de que, como em outros espaços da cultura brasileira, houve
uma reelaboração a partir do que os negros dispunham para sua alimentação.
Fábulas – “A cigarra e a formiga”
O que é uma fábula?
A fábula é um gênero narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de caráter moral ao homem.
A fábula é um gênero narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século 6º. a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de caráter moral ao homem.
Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser
humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por
exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho
etc.
É uma narrativa inverossímil, com fundo didático.
É uma narrativa inverossímil, com fundo didático.
Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula
recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a
vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de
preguiçosos.
A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros. Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para não cometermos erros. As fabulas são narrativas curtas,que os personagens são animais, que sempre no final mostra uma lição de moral!
A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros. Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para não cometermos erros. As fabulas são narrativas curtas,que os personagens são animais, que sempre no final mostra uma lição de moral!
A cigarra e a formigaTendo a cigarra, em cantigas,Folgado todo
o verão,Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.Não lhe restando migalha Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga,Que morava perto dela.– Amiga – diz a cigarra– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?– À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: – Eu cantava Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga– Cantavas? Pois dança agora!
Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.
Na tormentosa estação.Não lhe restando migalha Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga,Que morava perto dela.– Amiga – diz a cigarra– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?– À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: – Eu cantava Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga– Cantavas? Pois dança agora!
Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.
Atividade: Representação da fábula “A cigarra e a formiga”
através da pintura de uma tela e da colagem das personagens sobre ela.
Objetivos:
a) Conhecer a fábula “A cigarra e a formiga” e fazer uma reflexão sobre a importância do trabalho para a sobrevivência, bem estar e convívio social.
b) Representar a fábula com técnicas de pintura, origami, recorte e colagem.
Objetivos:
a) Conhecer a fábula “A cigarra e a formiga” e fazer uma reflexão sobre a importância do trabalho para a sobrevivência, bem estar e convívio social.
b) Representar a fábula com técnicas de pintura, origami, recorte e colagem.
Conteúdos trabalhados:
- Gêneros textuais – fábulas - Leitura e escrita
- Linhas, formas, cores, medidas, composição, sobreposição, harmonia, textura e planos.
- Gêneros textuais – fábulas - Leitura e escrita
- Linhas, formas, cores, medidas, composição, sobreposição, harmonia, textura e planos.
Técnicas trabalhadas:
- Pintura chapiscada, origami, recorte e colagem.
- Pintura chapiscada, origami, recorte e colagem.
Possibilidades de trabalho:
- Inicialmente fale para os seus alunos sobre as fábulas e as diferentes maneiras que são apresentadas (poesia ou narrativas).
- Fale sobre as características das fábulas: os personagens são animais e sempre, no final, existe a moral da história.
- Leila para os alunos a fábula “A cigarra e a formiga”. Aproveite para trabalhar as palavras chaves da fábula.
- Converse com os alunos sobre a importância do trabalho em nossas vidas, os benefícios que ele nos traz, fale sobre cooperação e convívio social.
- Proponha que façam uma pintura sobre tela e represente a fábula através da dobradura, recorte e colagem.
- Faça com os alunos a apreciação estética dos trabalhos mostrando que mesmo partindo de um mesmo tema, todos os resultados são diferentes e é essa diversidade que faz com que cada trabalho seja único e significativo.
- Inicialmente fale para os seus alunos sobre as fábulas e as diferentes maneiras que são apresentadas (poesia ou narrativas).
- Fale sobre as características das fábulas: os personagens são animais e sempre, no final, existe a moral da história.
- Leila para os alunos a fábula “A cigarra e a formiga”. Aproveite para trabalhar as palavras chaves da fábula.
- Converse com os alunos sobre a importância do trabalho em nossas vidas, os benefícios que ele nos traz, fale sobre cooperação e convívio social.
- Proponha que façam uma pintura sobre tela e represente a fábula através da dobradura, recorte e colagem.
- Faça com os alunos a apreciação estética dos trabalhos mostrando que mesmo partindo de um mesmo tema, todos os resultados são diferentes e é essa diversidade que faz com que cada trabalho seja único e significativo.
Dicas:
1. Limpe sempre o pincel entre cada demão de tinta.
2. Utilize quantas cores desejar.
1. Limpe sempre o pincel entre cada demão de tinta.
2. Utilize quantas cores desejar.
Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
Arte educadora e pedagoga
PROFISSÕES
Para
garantir sua sobrevivência, o homem sempre precisou trabalhar, seja de foram
remunerada ou não. Assim as relações de trabalho foram modificando ao longo da
história. Na Idade Média, época que se caracterizou pela economia
ruralizada, enfraquecimento comercial e sistema de produção feudal, as relações
de trabalho eram baseadas no trabalho servil, onde o vassalo era obrigado a
manter fidelidade ao senhor feudal.
Como essa situação tornou-se insustentável, cada vez mais os servos procuravam, através de lutas, tornarem-se livres para procurar o melhor meio de sustento. A partir daí formam-se em determinados pontos pequenas unidades artesanais, constituindo cidades, valorizando novamente o comércio que agora cresce além dos mares. Neste período predominavam as profissões de sapateiro, artesões, alfaiates e comerciantes em pequenos mercados.
Entre os séculos XVI e XVII começam a ocorrer os grandes descobrimentos científicos e técnicos, facilitando a instalação do capitalista de produção. Com a Revolução Industrial o sistema capitalista se fortificou e as relações de trabalho modificaram-se por completo, houve o aumento significativo da produção material e do rendimento do trabalho, sendo que este sistema é o que impera na maioria dos países até hoje. Toda profissão tem seu valor e para que você possa escolher bem qual será a sua, oferecemos a você informação sobre algumas delas.
Garçom /Guarda de Trânsito /Advogada / Bombeiro /Cabeleireiro / Carteiro/ Cientista da Computação/Cineasta /Costureira/Dentista//Engenheiro//Engenheiro Ambiental//Estilista//Fazendeiro//Fotógrafo//Jornalista//MecânicoMédico/Pedreiro/Pintor//Policial//Professora/Publicitária/Secretária/Veterinário
Como essa situação tornou-se insustentável, cada vez mais os servos procuravam, através de lutas, tornarem-se livres para procurar o melhor meio de sustento. A partir daí formam-se em determinados pontos pequenas unidades artesanais, constituindo cidades, valorizando novamente o comércio que agora cresce além dos mares. Neste período predominavam as profissões de sapateiro, artesões, alfaiates e comerciantes em pequenos mercados.
Entre os séculos XVI e XVII começam a ocorrer os grandes descobrimentos científicos e técnicos, facilitando a instalação do capitalista de produção. Com a Revolução Industrial o sistema capitalista se fortificou e as relações de trabalho modificaram-se por completo, houve o aumento significativo da produção material e do rendimento do trabalho, sendo que este sistema é o que impera na maioria dos países até hoje. Toda profissão tem seu valor e para que você possa escolher bem qual será a sua, oferecemos a você informação sobre algumas delas.
Garçom /Guarda de Trânsito /Advogada / Bombeiro /Cabeleireiro / Carteiro/ Cientista da Computação/Cineasta /Costureira/Dentista//Engenheiro//Engenheiro Ambiental//Estilista//Fazendeiro//Fotógrafo//Jornalista//MecânicoMédico/Pedreiro/Pintor//Policial//Professora/Publicitária/Secretária/Veterinário
Profissão é
um trabalho ou atividade especializada
dentro da sociedade, geralmente exercida por um
profissional. Algumas atividades requerem estudos extensivos e a masterização
de um dado conhecimento, tais como advocacia, biomedicina ou engenharia, por exemplo. Outras dependem de
habilidades práticas e requerem apenas formação básica (ensino fundamental ou
médio), como as profissões de faxineiro, ajudante, jardineiro.
Algumas
precisam de uma licença especial. Por exemplo, um engenheiro só pode ser
responsável por uma obra se tiver o registro no Conselho Regional de
Engenharia. Um motorista só estará apto a desenvolver sua profissão caso esteja
habilitado pelo DETRAN na modalidade de veículo correspondente.
No Brasil, o salário
mínimo que se
pode receber por uma profissão é de R$ 622,73, para maiores de 18 anos. Porém,
para menores de 18 e maiores de 14 anos, a lei prevê
somente meio salário
mínimo (R$
270,00), trabalhando apenas meio turno, na qualidade de aprendiz. Menores de 14
anos, legalmente podem exercer
a profissão de estudante. Porém há quem viole a lei explorando
o trabalho
infantil, o que
desencadeia numa multa recisória ou prisão de 0 a 15 anos.
Entre as
dez profissões mais procuradas ainda temos cursos que formam
professores, o de direito e de engenharia. Outro curso que vem ganhando
destaque entre os jovens é a comunicação social. Para saber mais dos cursos que
estão em alta veja a lista com os cursos mais procurados pelos estudantes:
1º
Medicina/2º Engenharia/3º Direito/4º Administração/5º Ciências Biológicas
6º Comunicação Social/7º Enfermagem/8º Letras/9º Educação Física/10º Pedagogia
6º Comunicação Social/7º Enfermagem/8º Letras/9º Educação Física/10º Pedagogia
HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO: INTRODUÇÃO
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos
portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus
navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel
por toda a região da América.Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos
dos capitães de mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil,
dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação
e ideias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a
este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais
antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de
nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus
conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos
como escravos desde os começos da História. Muitas civilizações usaram e
dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e
rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas,
estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus
escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua
liberdade.
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
No Brasil, a escravidão teve
início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os
portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão
de obra escrava nos engenhos de açúcar do
Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se
fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro
daqueles mais fracos ou velhos.O transporte era feito da África para o Brasil
nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos
morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.Nas
fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos
eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol),
recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade.
Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene)
acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente,
sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.Eram proibidos de
praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais
africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de
engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as
imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos,
realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações
artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também
sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta
mão de obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras,
arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.No Século do Ouro (XVIII)
alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de
alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam
tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades
acabavam fechando as portas para estas pessoas.O negro também reagiu à
escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em
que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos.
Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade,
através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos
quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais
religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Campanha Abolicionista e a
Abolição da Escravatura partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil
passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado
consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill
Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses
de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.Em 1850, o
Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou
com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre
Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data.
E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade
aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi
mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio
de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
A VIDA DOS NEGROS APÓS A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade
foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do
Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não
conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande
maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de
trabalhos informais e temporários.
Você sabia?- 25 de marco é o Dia Internacional em memória da
vítimas da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.
HISTÓRIA DOS QUILOMBOS
No período de escravidão no
Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com
outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no
meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas
comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em
comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas
comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia,
Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.Na ocasião em
que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630),
muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este
fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após
fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.
Esse fato propiciou o crescimento
do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50
mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam
pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em
regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.Esta situação fez com
que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a
combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último
contou com os serviços do bandeirante Domingos
Jorge Velho.A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos;
contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi,
eles, por fim, foram derrotados.Os quilombos representaram uma das formas de
resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros
buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma
de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura
afro-brasileira.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS NA ATUALIDADE
Muitos quilombos, por estarem em locais afastados,
permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura. Eles deram origens às
atuais comunidades quilombolas. Existem atualmente cerca de 1.100 comunidades
quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Grande parte destas
comunidades está situada em estados das regiões Norte e Nordeste.
O que é
A senzala era uma espécie de habitação ou alojamento dos
escravos brasileiros. Elas existiram durante toda a fase de escravidão (entre
o século XVI e XIX) e eram construídas dentro da unidade de produção (engenho,
mina de ouro e fazenda de café).As senzalas eram galpões de porte médio ou
grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram
acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas.Costumam ser rústicas,
abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis. Eram construções muito
simples feitas geralmente de madeira e barro e não possuíam divisórias.Os
escravos dormiam no chão duro de terra batida ou sobre palha. Costuma haver na
frente das senzalas um pelourinho (tronco usado para amarrar o escravo para a
aplicação de castigos físicos).Algumas fazendas do interior do Brasil
preservaram estas senzalas que hoje são visitadas como pontos turísticos.
Mostram um aspecto importante da história de nosso país: a falta de humanidade
com que os africanos foram tratados durante séculos no Brasil.
O TRABALHO DOS ESCRAVOS INDÍGENAS
Os índios foram usados no Brasil desde os primeiros anos da
colonização até o século XVIII. Os colonos portugueses escravizaram os índios
para que eles trabalhassem, principalmente, na extração de madeira. Os índios
escravizados cortavam e transportavam a madeira até as embarcações.Os índios
eram muito explorados e recebiam duros castigos físicos quando se recusavam a
trabalhar ou faziam algo errado. Muitos não aguentavam a situação e morriam.
O TRABALHO DOS ESCRAVOS AFRICANOS NO BRASIL
Os portugueses que colonizaram o Brasil foram buscar na
África a mão de obra necessária para a cultura da cana-de-açúcar. Os escravos
trabalhavam em todas as etapas da produção do açúcar, desde o plantio até a
fabricação do açúcar nos engenhos. Trabalhavam de sol a sol e eram castigados
com violência quando não cumpriam ordens, erravam no trabalho ou tentavam
fugir. Tinham que executar todos os trabalhos solicitados por seu “dono”.
As mulheres escravas também trabalhavam muito, porém alguns
tinham a “sorte” de realizarem serviços domésticos (limpeza, culinária, cuidar
das crianças). Essas tinham uma atividade menos penosa.Os filhos dos escravos
trabalhavam desde muito cedo. Por volta dos oito anos já eram obrigados a
executar trabalhos de adultos e praticamente perdiam sua infância.A partir da
metade do século XVIII, com a descoberta das minas de ouro, os escravos de
origem africana passaram a trabalhar também na mineração. Faziam o trabalho
mais pesado, ou seja, quebravam pedras, carregavam cascalho e atuavam na busca
de pepitas de ouro nos rios.
O trabalho imposto aos escravos
no Brasil até a abolição (1888) foi duro, massacrante e injusto (pois era
obrigatório, sem direitos e sem remuneração). Recebiam apenas alimentação de
baixa qualidade, roupas velhas e alojamento (senzala) subumano. Muitos escravos
não resistiam e morriam de doenças ou em acidentes de trabalho, que eram comuns
na época. Não possuíam não direito e eram vendidos e comprados como
mercadorias. Contra estas condições de trabalho, muitos escravos fizeram
revoltas ou fugiram, formando os quilombos, onde podiam trabalhar de acordo com
os costumes africanos.
DEFINIÇÃO
O Abolicionismo pode ser definido
como um movimento político e social que defendeu e lutou pelo fim da
escravidão no Brasil, na segunda metade do século XIX. O abolicionismo contou
com participação de vários segmentos sociais como, por exemplo, políticos, advogados,
médicos, jornalistas, artistas, estudantes, etc.As grandes conquistas do
movimento abolicionista no Brasil foram: Lei do ventre Livre (1871), Lei dos
Sexagenários (1885) e Lei Áurea (1888).Principais representantes do
abolicionismo:
- Rui Barbosa- José do Patrocínio
Lei do Ventre Livre
A Lei do Ventre Livre, também conhecida como “Lei Rio
Branco” foi uma lei abolicionista, promulgada em 28 de setembro de 1871
(assinada pela Princesa Isabel). Esta lei considerava livre todos os filhos de
mulher escravas nascidos a partir da data da lei.Como seus pais continuariam
escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a
lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres.
Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues
ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que
poderiam usar a mão de obra destes “livres” até os 21 anos de idade. A Lei
do Ventre Livre tinha por objetivo principal possibilitar a transição, lenta e
gradual, no Brasil do sistema de escravidão para o de mão de obra livre. Vale
lembrar que o Brasil, desde meados do século XIX, vinha sofrendo fortes
pressões da Inglaterra para abolir a escravidão.
Junto com a Lei dos Sexagenários, A Lei do Ventre Livre (1887), a Lei do ventre Livre serviu também para dar uma resposta, embora fraca, aos anseios do movimento abolicionista.
Junto com a Lei dos Sexagenários, A Lei do Ventre Livre (1887), a Lei do ventre Livre serviu também para dar uma resposta, embora fraca, aos anseios do movimento abolicionista.
LEI Nº 2040 de 28.09.1871 - LEI DO VENTRE LIVRE
A Princesa Imperial Regente, em nome de S. M. o Imperador e Sr. D. Pedro II, faz saber a todos os cidadãos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1.º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão considerados de condição livre.
§ 1.º - Os ditos filhos menores ficarão em poder o sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino,em conformidade da presente lei.
§ 6.º - Cessa a prestação dos serviços dos filhos das escravas antes do prazo marcado no § 1°. se por sentença do juízo criminal reconhecer-se que os senhores das mães os maltratam, infligindo-lhes castigos excessivos.
Art. 2.º - O governo poderá entregar a associações, por ele autorizadas, os filhos das escravas, nascidos desde a data desta lei, que sejam cedidos ou abandonados pelos senhores delas, ou tirados do poder destes em virtude do Art. 1.º- § 6º.
§ 1.º - As ditas associações terão direito aos serviços gratuitos dos menores até a idade de 21 anos completos, e poderão alugar esses serviços, mas serão obrigadas:
1.º A criar e tratar os mesmos menores;
2.º A constituir para cada um deles um pecúlio, consistente na quota que para este fim for reservada nos respectivos estatutos;-
3.º A procurar-lhes, findo o tempo de serviço, apropriada colocação.
§ 2.º - A disposição deste artigo é aplicável às Casas dos Expostos, e às pessoas a quem os juízes de órfãos encarregarem da educação dos ditos menores, na falta de associações ou estabelecimentos criados para tal fim.
§ 4.º - Fica salvo ao Governo o direito de mandar recolher os referidos menores aos estabelecimentos públicos, transferindo-se neste caso para o Estado as obrigações que o § 1.º impõe às associações autorizadas.
Art. 3.º - Serão anualmente libertados em cada província do Império tantos escravos quantos corresponderem à quota anualmente disponível do fundo destinado para a emancipação...
Art. 4.º - É permitido ao escravo a formação de um pecúlio com o que lhe provier de doações, legados e heranças, e com o que, por consentimento do senhor, obtiver do seu trabalho e economias. O governo providenciará nos regulamentos sobre a colocação e segurança do mesmo pecúlio.
§ 1.º - Por morte do escravo, a metade do seu pecúlio pertencerá ao cônjuge sobrevivente, se o houver, e a outra metade se transmitirá aos seus herdeiros, na forma da lei civil. Na falta de herdeiros o pecúlio será adjudicado ao fundo de emancipação, de que trata o art. 3.º...
§ 4.º - O escravo que pertencer a condôminos e for libertado por um destes, terá direito a sua alforria indenizando os outros senhores da quota do valor que lhes pertencer. Esta indenização poderá ser paga com serviços prestados por prazo não maior de sete anos...
§ 7.º - Em qualquer caso de alienação ou transmissão de escravos, é proibido, sob pena de nulidade, separar os cônjuges e os filhos menores de doze anos do pai ou da mãe.
§ 8.º - Se a divisão de bens entre herdeiros ou sócios não comportar a reunião de uma família, e nenhum deles preferir conservá-lo sob seu domínio, mediante reposição da quota, ou parte dos outros interessados, será a mesma família vendida e o seu produto rateado...
Art. 6.º - Serão declarados libertos:
§ 1.º - Os escravos pertencentes à nação, dando-lhes o governo a ocupação que julgar conveniente.
§ 2.º - Os escravos dados em usufruto à Coroa.
§ 3.º - Os escravos das heranças vagas.
§ 4.º - Os escravos abandonados por seus senhores. Se estes os abandonarem por inválidos, serão obrigados a alimentá-los, salvo o caso de penúria, sendo os alimentos taxados pelo juiz de órfãos.
§ 5.º - Em geral, os escravos libertados em virtude desta lei ficam durante 5 anos sob a inspeção do governo. Eles são obrigados a contratar seus serviços sob pena de serem constrangidos, se viverem vadios, a trabalhar nos estabelecimentos públicos. Cessará, porém, o constrangimento do trabalho, sempre que o liberto exigir contrato de serviço.
Art. 8.º - O Governo mandará proceder à matrícula especial de todos os escravos existentes do Império, com declaração do nome, sexo, estado, aptidão para o trabalho e filiação de cada um, se for conhecida.
§ 1.º - O prazo em que deve começar e encerrar-se a matrícula será anunciado com a maior antecedência possível por meio de editais repetidos, nos quais será inserta a disposição do parágrafo seguinte.
§ 2.º - Os escravos que, por culpa ou omissão dos interessados não forem dados à matrícula, até um ano depois do encerramento desta, serão por este fato considerados libertos.
§ 4.º - Serão também matriculados em livro distinto os filhos da mulher escrava, que por esta lei ficam livres. Incorrerão os senhores omissos, por negligência, na multa de 100$000 a 200$000, repetidas tantas vezes quantos forem os indivíduos omitidos, e por fraude nas penas do Ari. 179 do código criminal.
§ 5.º - Os párocos serão obrigados a ter livros especiais para o registro do nascimento e óbitos dos filhos de escravas, nascidos desde a data desta lei. Cada omissão sujeitará os párocos à multa de 100$000.
Art. 9.º - O Governo em seus regulamentos poderá impor multas até 100$000 e penas de prisão simples até um mês.
Art. 10º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Manda, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O Secretário de Estado de Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas a faça imprimir, publicar e correr.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, aos 28 de setembro de 1871, 50.º da Independência e do Império
Princesa Imperial Regente - Teodoro Machado Freire Pereira da Silva.
A Princesa Imperial Regente, em nome de S. M. o Imperador e Sr. D. Pedro II, faz saber a todos os cidadãos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1.º - Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão considerados de condição livre.
§ 1.º - Os ditos filhos menores ficarão em poder o sob a autoridade dos senhores de suas mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos. Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, ou de receber do Estado a indenização de 600$000, ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21 anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino,em conformidade da presente lei.
§ 6.º - Cessa a prestação dos serviços dos filhos das escravas antes do prazo marcado no § 1°. se por sentença do juízo criminal reconhecer-se que os senhores das mães os maltratam, infligindo-lhes castigos excessivos.
Art. 2.º - O governo poderá entregar a associações, por ele autorizadas, os filhos das escravas, nascidos desde a data desta lei, que sejam cedidos ou abandonados pelos senhores delas, ou tirados do poder destes em virtude do Art. 1.º- § 6º.
§ 1.º - As ditas associações terão direito aos serviços gratuitos dos menores até a idade de 21 anos completos, e poderão alugar esses serviços, mas serão obrigadas:
1.º A criar e tratar os mesmos menores;
2.º A constituir para cada um deles um pecúlio, consistente na quota que para este fim for reservada nos respectivos estatutos;-
3.º A procurar-lhes, findo o tempo de serviço, apropriada colocação.
§ 2.º - A disposição deste artigo é aplicável às Casas dos Expostos, e às pessoas a quem os juízes de órfãos encarregarem da educação dos ditos menores, na falta de associações ou estabelecimentos criados para tal fim.
§ 4.º - Fica salvo ao Governo o direito de mandar recolher os referidos menores aos estabelecimentos públicos, transferindo-se neste caso para o Estado as obrigações que o § 1.º impõe às associações autorizadas.
Art. 3.º - Serão anualmente libertados em cada província do Império tantos escravos quantos corresponderem à quota anualmente disponível do fundo destinado para a emancipação...
Art. 4.º - É permitido ao escravo a formação de um pecúlio com o que lhe provier de doações, legados e heranças, e com o que, por consentimento do senhor, obtiver do seu trabalho e economias. O governo providenciará nos regulamentos sobre a colocação e segurança do mesmo pecúlio.
§ 1.º - Por morte do escravo, a metade do seu pecúlio pertencerá ao cônjuge sobrevivente, se o houver, e a outra metade se transmitirá aos seus herdeiros, na forma da lei civil. Na falta de herdeiros o pecúlio será adjudicado ao fundo de emancipação, de que trata o art. 3.º...
§ 4.º - O escravo que pertencer a condôminos e for libertado por um destes, terá direito a sua alforria indenizando os outros senhores da quota do valor que lhes pertencer. Esta indenização poderá ser paga com serviços prestados por prazo não maior de sete anos...
§ 7.º - Em qualquer caso de alienação ou transmissão de escravos, é proibido, sob pena de nulidade, separar os cônjuges e os filhos menores de doze anos do pai ou da mãe.
§ 8.º - Se a divisão de bens entre herdeiros ou sócios não comportar a reunião de uma família, e nenhum deles preferir conservá-lo sob seu domínio, mediante reposição da quota, ou parte dos outros interessados, será a mesma família vendida e o seu produto rateado...
Art. 6.º - Serão declarados libertos:
§ 1.º - Os escravos pertencentes à nação, dando-lhes o governo a ocupação que julgar conveniente.
§ 2.º - Os escravos dados em usufruto à Coroa.
§ 3.º - Os escravos das heranças vagas.
§ 4.º - Os escravos abandonados por seus senhores. Se estes os abandonarem por inválidos, serão obrigados a alimentá-los, salvo o caso de penúria, sendo os alimentos taxados pelo juiz de órfãos.
§ 5.º - Em geral, os escravos libertados em virtude desta lei ficam durante 5 anos sob a inspeção do governo. Eles são obrigados a contratar seus serviços sob pena de serem constrangidos, se viverem vadios, a trabalhar nos estabelecimentos públicos. Cessará, porém, o constrangimento do trabalho, sempre que o liberto exigir contrato de serviço.
Art. 8.º - O Governo mandará proceder à matrícula especial de todos os escravos existentes do Império, com declaração do nome, sexo, estado, aptidão para o trabalho e filiação de cada um, se for conhecida.
§ 1.º - O prazo em que deve começar e encerrar-se a matrícula será anunciado com a maior antecedência possível por meio de editais repetidos, nos quais será inserta a disposição do parágrafo seguinte.
§ 2.º - Os escravos que, por culpa ou omissão dos interessados não forem dados à matrícula, até um ano depois do encerramento desta, serão por este fato considerados libertos.
§ 4.º - Serão também matriculados em livro distinto os filhos da mulher escrava, que por esta lei ficam livres. Incorrerão os senhores omissos, por negligência, na multa de 100$000 a 200$000, repetidas tantas vezes quantos forem os indivíduos omitidos, e por fraude nas penas do Ari. 179 do código criminal.
§ 5.º - Os párocos serão obrigados a ter livros especiais para o registro do nascimento e óbitos dos filhos de escravas, nascidos desde a data desta lei. Cada omissão sujeitará os párocos à multa de 100$000.
Art. 9.º - O Governo em seus regulamentos poderá impor multas até 100$000 e penas de prisão simples até um mês.
Art. 10º - Ficam revogadas as disposições em contrário. Manda, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O Secretário de Estado de Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas a faça imprimir, publicar e correr.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, aos 28 de setembro de 1871, 50.º da Independência e do Império
Princesa Imperial Regente - Teodoro Machado Freire Pereira da Silva.
INTRODUÇÃO
Na época em que os portugueses começaram a colonização do
Brasil, não existia mão de obra para a realização de trabalhos manuais. Diante
disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras;
entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se
colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses
passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à
busca de negros na África para
submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada
dos escravos no Brasil.
PROCESSO DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL
Os negros, trazidos do continente
Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido
as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a
viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de
engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana. Apesar desta prática
ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram
contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por
literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática
permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por
um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o
trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto
estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas
lentamente.
A partir de 1870, a região Sul do
Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no
Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a
utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era
grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos
proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus
objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do
tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre
(de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que
nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos
Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de
1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada
pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez
a escravidão no Brasil.
A vida dos negros brasileiros após a abolição
Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou
muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para
que os escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e
assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito.
Prova disso, foi a preferência pela mão de obra europeia, que aumentou muito no
Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes
dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de
condições necessárias (moradia e educação principalmente).
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Por Cristiana Gomes
Sem dúvida, um dos mais tristes momentos da nossa
história.Foram os escravos que produziram todas ou quase todas as riquezas da
América.No início, os portugueses, escravizaram os índios, porém com o passar
do tempo, foram substituídos pelos africanos.Alguns estudiosos acham que
esta substituição se deu pelo fato dos africanos se adaptarem melhor ao tipo de
trabalho realizado na colônia.É importante ressaltar que o vergonhoso comércio
de escravos representou uma excelente alternativa econômica para a Europa e
trouxe muitos lucros para os europeus.A escravidão do negro era mais rentável
do que a do índio, por isso valia a pena o alto custo do investimento.
A presença negra na América começou por volta de 1550. O
escravo africano era considerado por muitos como simples mercadoria e a
escravidão chegou a ser indispensável para o progresso e prosperidade do país.
Quando chegavam aqui (nos navios
negreiros), eram exibidos para que os compradores pudessem analisá-los.
Evitavam comprar escravos da mesma família ou da mesma tribo (pois não queriam
rebeliões).
Os escravos viviam em senzalas, onde ficavam presos
quando não estavam trabalhando, e eram responsáveis por todo trabalho braçal
realizado nas fazendas. Trabalhavam de sol a sol e não tinham quase tempo para
descansar.A vida útil do escravo adulto não passava de 10 anos (por causa da dureza
dos trabalhos e precariedade da alimentação) e seus filhos eram seus
substitutos.Qualquer deslize era motivo para as mais horríveis punições. Para
fugir de todos estes sofrimentos, alguns escravos se suicidavam; outros,
matavam seus feitores e ainda os que fugiam para
os quilombos.Nos quilombos (geralmente localizados em lugares de difícil
acesso), os escravos viviam em liberdade, produziam seus alimentos, fabricavam
roupas, móveis e instrumentos de trabalho, cultivavam também as crenças, as tradições
e os costumes africanos. O adultério, o roubo e o homicídio eram punidos com a
pena de morte.Alguns escravos que não conseguiam chegar até o quilombo, eram
capturados no meio do caminho pelos capitães do mato que eram
remunerados pelo seu trabalho.
Os quilombos estavam espalhados em todo o território
colonial, porém, a falta de registros impede que estudiosos descubram mais
detalhes sobre eles. Mesmo assim, ainda encontramos comunidades remanescentes
de antigos quilombos no interior do Brasil.O mais famoso de todos os quilombos,
chamava-se Palmares e
ficava em Alagoas. Esse quilombo possuía aproximadamente 20 ou 30 mil
habitantes. Dentre os seus líderes destacava-se Zumbi. Durante o século
XVII, vários governos (portugueses e holandeses) quiseram destruí-lo. Foram
várias tentativas em 80 anos de conflito, mas Palmares resistia bravamente e
chegou a derrotar cerca de 30 expedições enviadas.
Foi somente em 1695 que Palmares foi destruído por completo,
com a colaboração do bandeirante paulista Domingos
Jorge Velho que para cumprir a missão se armou com homens preparados e
um vasto material bélico.Zumbi foi capturado um ano depois da destruição de
Palmares e foi executado.
Só a partir da Independência (1822)
que as pessoas começaram a ter uma consciência antiescravista. Baseado nos
ideais iluministas (o pensamento iluminista considerava o homem como
a obra mais importante de Deus), muitos achavam que em uma sociedade livre, não
havia espaço para a escravidão. Na mesma época (séc. XIX), cresciam as pressões
internacionais pelo fim do tráfico negreiro.Em 1821, a Assembleia Geral aprovou
uma lei pela qual os africanos que entrassem no país a partir daquela data
seriam livres, mas isso ficou só no papel.
A Inglaterra aboliu a escravatura em 1833 (embora tenha sido
o maior país traficante de escravos até o final do século XVIII) e passou a ser
uma grande defensora da abolição.
Após a Revolução Industrial, a busca por mercados
consumidores mais amplos começou a se intensificar. Era preciso buscar
trabalhadores assalariados e como os escravos não recebiam por seus trabalhos e
não podiam comprar, a Inglaterra começou a fazer pressão para o fim da
escravidão. O Brasil era, naquela época, o maior comprador de escravos, logo
esta pressão caiu sobre o nosso país.
Em 1845, foi aprovado o Bill
Aberdeen – uma Lei que autorizava a esquadra britânica a prender os
navios negreiros e a julgar seus tripulantes. O Brasil protestou, porém, em
1850 (cedendo às pressões inglesas), a Assembleia Geral aprovou a Lei
Eusébio de Queirós, que extinguiria o tráfico negreiro.
A partir de 1860, os manifestos contra a escravidão ficavam
cada vez mais intensos, graças à imprensa e a várias campanhas
antiescravistas.Muitos se declararam abolicionistas, como por exemplo, o poeta
Castro Alves (Terceira Geração Romântica – Poesia Social), chamado “Poeta dos
Escravos”. Ele escreveu as seguintes obras: “Navio Negreiro” e “Vozes d’Africa”
e “Os Escravos”.
Em 1865, com a abolição da escravatura nos EUA só restavam
dois países com o regime de escravidão: Brasil e Cuba.A situação se agravou e
em 1871 foi assinada a Lei do Ventre Livre declarando que todos
os filhos de escravos nascidos a partir daquela data estariam livres.
Em 1885, a Lei
dos Sexagenários, declarava libertos todos os escravos acima de 60 anos.
Essa Lei foi encarada pelos abolicionistas como uma “brincadeira de mau gosto”,
pois a vida útil de um escravo adulto não passava de 10 anos.No dia 13 de maio
de 1888, a Princesa
Isabel assinou a Lei Áurea que
declarava extinta a escravidão no Brasil. Vários fatores causaram a assinatura
desta Lei, dentre eles a rebeldia dos escravos e as campanhas abolicionistas.
Embora não existisse mais escravidão no Brasil, os escravos,
agora livres, tinham um grande problema pela frente: foram postos em liberdade
sem nenhuma garantia de emprego ou qualquer coisa que garantisse a sua
sobrevivência.Tinham ainda que se preocupar com um fator que até hoje os
persegue: o preconceito.Apesar de todos os sofrimentos, é inegável que o
negro contribuiu muito para a nossa cultura, além da diversidade étnica, a cada
dia que passa comprovamos a presença negra em vários setores: na culinária (feijoada, vatapá,
acarajé), na religião (umbanda e candomblé),
na música, no vestuário, etc.
Leia também:
ALIMENTAÇÃO DOS ESCRAVOS QUE TRABALHAVAM NAS FAZENDAS
DE MINAS GERAIS
|
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Os
escravos que trabalhavam nas lavouras de Minas não recebiam o tratamento
humano que os ingleses da mineração de Morro Velho davam aos seus e a que nos
referimos no capítulo anterior. O tratamento era pelo geral dos mais duros e
até de monstruosa insensibilidade em muitos casos. A alimentação consistia no
estritamente necessário para que os "fôlegos vivos" (como eram
chamados) não se enfraquecessem demais ou não morressem de desnutrição, com
grave prejuízo dos trabalhos que deles se exigia. Interessava ao proprietário
conservá-los, como às bestas de carga, em boas condições de uso.
A alimentação, quase sempre, não passava de feijão bichado e arroz mal cozido. Em outros casos, a pobre besta escravizada tinha de se contentar com laranja, banana e farinha de mandioca. E toca a trabalhar. Assim como ficou no nosso folclore: Comida de negro brabo Quatro laranjas num gaio Uma cuia de farinha Cinco ponta de vergaio Os porcos tinham melhor alimentação, ou quando nada mais farta, porque era preciso engordá-los para o abate. "Comida pouca e bem salgada, pro negro beber muita água", tal era o mote de muito senhor. Não faltava quem defendesse os fazendeiros contra as acusações gerais de maus tratos e pior passadio, a que submetiam os seus escravos. Assim, se fazia, por exemplo, num trabalho sobre a agricultura em Minas, publicado em várias edições do Correio Oficial de Minas, em dias de outubro de 1859, sem constar o nome do autor, mas que supomos ser do conselheiro Francisco de Paula Cândido. Dele retiramos os seguintes tópicos: "O escravo do fazendeiro nesta província tem uma alimentação que faria inveja às classes indigentes da Europa e a muita gente livre que vive nas nossas velhas cidades… A base da alimentação dos escravos é o feijão, e esse pão de farinha de milho (fubá) sem fermento, a que damos a denominação pouco eufônica de – angu. O angu feito em um tacho com água quente, bem como o feijão, é dado ao escravo à discrição, e há sempre tanta sobra que eles sustentam com ela seus cães. O toucinho também lhes é fornecido para adubar o feijão. O escravo tem além disso, para seu alimento as ervas, como mostarda e serralha que crescem espontaneamente em todas as roças, as frutas, especialmente a laranja, que é de tanta abundância, em muitos lugares, que apodrece desprezada debaixo dos pés. Tem muitas vezes carne, quase sempre ele mesmo aumenta a sua cozinha com a caça, palmito, mandioca, batatas, etc. Quase todo escravo tem a sua roça própria, que cultiva nos dias santos e outras vagas, da qual o mesmo senhor compra-lhe os produtos nos anos de ruim colheita. Outros plantam fumo e algodão, que vendem para a compra de roupas domingueiras e outras necessidades".- Mais: "Além desses lucros lícitos, por via de regra, todo escravo roubava de seu senhor." Lembrava que era pelo geral bondoso o tratamento que os proprietários davam aos cativos, ponderando: Não é exato, como se pretende, que o trabalho escravo seja excessivo, e basta comparar por esse lado a sorte dos escravos nesta província com a dos jornaleiros das fábricas da Europa, para se concluir que aqueles são mais felizes. A diferença está no nome, se uns são escravos por lei, outros o são pela fome." Citava a seguir as manufaturas de algodão na Inglaterra onde meninos desde a idade de oito anos trabalhavam oito a dez horas consecutivas, tornando a trabalhar depois de duas a três horas, e assim continuavam durante semanas. Para tê-los acordados, castigavam-nos com cordas, chicotes e às vezes com pauladas nas costas e na cabeça. Vejamos como se tratavam os cativos numa fazenda típica do centro de Minas, pelo meado do século passado. Fazenda importante, a do major Mascarenhas. Possuía mais de centena e meia de escravos de ambos os sexos. A vida a que estavam ali sujeitos, dando-se crédito ao que nos informa Paulo Tamm (A família Mascarenhas e a indústria têxtil em Minas. Belo Horizonte, 1940, p. 65 – obra reeditada com o título Uma dinastia de tecelões. Belo Horizonte, 1960), era bem melhor que na maior parte das fazendas. Um sino os despertava antes do romper do sol. Formados em fila no terreiro, eram contados pelo feitor e seus ajudantes, que logo a seguir rezavam uma oração, repetida por todos. Distribuída a cada um a alimentação da manhã, partiam para as lidas da roça e imediatamente homens e mulheres começavam o penoso labor. Às oito horas chegava o almoço, trazido por escravas, composto de feijão cozido com gordura e misturado com farinha de mandioca. Descanso de meia hora e, logo, continuação da labuta. Às duas horas vinha o jantar: feijão com angu e couve, o mesmo todos os dias. Duas vezes por semana, um pedaço de carne. Ao pôr-do-sol, regresso à fazenda. Passada a revista pelo feitor, recebia cada um a ceia, que era um prato de canjica adoçada com rapadura. O romancista Avelino Fóscolo, realista da escola de Zola, retraçou num quadro incisivo os hábitos sociais duma fazenda da mesma região e aproximadamente da mesma época. Quem sabe não era a mesma antes mencionada, que o escritor conheceu muito bem? Eis como, no romance O mestiço, mostra os tristes escravos cevando-se como suínos na comida que lhes é servida em pesadas vasilhas: "Em baixo assomaram duas escravas trazendo o jantar. Os trabalhadores se encaminharam à sombra de um jacarandá onde as mulheres depuseram gamelas contendo a comida: angu em bolas endurecidas, quase petrificadas, e feijão intragável. Com avidez de famintos, procurando cada qual maior quinhão, lançaram-se sobre os mal preparados alimentos, comendo todos em promiscuidade, com as mãos imundas e numa voracidade de animal selvagem." Servia-se o jantar às duas horas. O almoço às oito, constara de feijão com farinha de mandioca. Finda a refeição, o feitor acendia o cachimbo e os homens livres chupavam compridos cigarros de palha, enquanto os cativos se privavam dessa distração, por temerem o senhor. Linguagem minudente, exata, é a que usa outro romancista mineiro, Gilberto de Alencar, em Memórias sem malícia de Gudesteu Rodovalho, ao fazer-nos a descrição da comida dos servos da gleba, numa fazenda para os lados de Capela Nova das Dores, perto de Carandaí. Muito cedo, ainda no escuro, após ingerirem o gole de cachaça e a xícara de café, eram os homens encaminhados para a roça pelo feitor. O almoço e o jantar eram trazidos do sítio por um dos camaradas. Vinham num grande balaio contendo a panela de feijão, o angu esparramado em largas folhas de bananeira, a abóbora moganga, a couve rasgada, raramente um pedaço de carne de porco fresca ou salgada. Posto no chão o balaio, todos se acocoravam em volta, enchiam as cuias, tomavam a colher de ferro estanhado e iam sentar-se por ali, nos troncos derrubados, comendo em silêncio. Repetiam uma e duas vezes. Iam depois às bananas ou ao leite com angu. Saciados, arrotavam sonoramente, puxavam da faca, cortavam na palma da mão o fumo de rolo, alisavam sem pressa a palha de milho, faziam o cigarro e batiam a binga, tirando o fogo. À noitinha, no alpendre, tomavam outro gole de cachaça e outra xícara de café. Inicia-se Uma história de quilombolas, de Bernardo Guimarães, com um diálogo entre o chefe do quilombo e um negro que acaba de se refugiar ali: "- Então, malungo, está comendo tão caladinho!… Fala sua verdade, isto não é melhor do que comer uma cuia de feijão com angu, que o diabo temperou, lá em casa do seu senhor? … - E às vezes nem isso, pai Simão. Laranja com farinha era almoço de nós, e enxada na unha de sol a sol.." O romancista Godofredo Rangel (Vida ociosa) fala duma fazenda do sul de Minas, onde havia tantos escravos, que davam de comer à molecada num cocho de que ainda no eirado restam vestígios. "Despejavam ali dentro tachadas de canjiquinha e com uma buzina convocavam a meninada esparsa. De todas as senzalas, da casa, da horta, negrinhos acudiam correndo, como uma horda de capetinhas nus. E as mãos avançavam para a comida." Com o fim da escravidão, não melhoraram as condições alimentares da população negra. Em muitos casos, pioraram. Libertara-se de todo trabalho cativo e da dureza e maus tratos dos senhores; tinha porém agora de ganhar o sustento mediante a iniciativa e o esforço próprios, em condições penosas e difíceis. Muita gente de raça negra, esparsa pelos sertões de Minas, tão falha de recursos se acha em muitos casos, que se nutre mal e mal com o que a natureza avaramente lhe pode proporcionar: algum peixe, alguma caça, raízes, palmitos e frutas do mato, como pequis (com suas castanhas substanciais), araçás, goiabas, guarirobas, araticuns, cagaiteiras, pitangas. O palhaço Benjamin de Oliveira, outrora famoso, filho de pretos, antigos escravos, conta em suas Memórias (recolhidas por Clóvis Gusmão, em A Gazeta. São Paulo, 02/09/1941) como curtira privações durante a infância em Pará de Minas: "Todos ali sabiam – disse – que meus pais passavam dias e dias se alimentando de abóbora e mingau de fubá". (FRIEIRO, Eduardo. Feijão, angu e couve. Belo Horizonte / São Paulo, Editora Itatiaia / Editora da Universidade de São Paulo, 1982. Reconquista do Brasil (nova série), v. 72) EDUARDO FRIEIRO nasceu em Matias Barbosa, MG, no ano de 1892, falecendo na mesma localidade em 1982. Por sua iniciativa foi fundada a Sociedade Editora Amigos do Livro, em Belo Horizonte. A partir de 1946, começou a escrever artigos literários para o Estado de Minas e para o Diário de São Paulo. Foi diretor da Biblioteca Pública de Minas Gerais. Publicou, entre outros livros,Páginas de crítica e outros ensaios (1956), O diabo na livraria do cônego e outros temas mineiros (1957), O alegre arcipreste e outras páginas da literatura espanhola(1959), O romancista Avelino Fóscolo (1960) e Torre de papel (1969). (Grande enciclopédia Larousse cultural) |
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Aqui
estamos com mais uma postagem, como dito no anterior. Espero que aproveitem o
conhecimento aqui mostrado:Os escravos que trabalhavam nas lavouras de Minas
não recebiam o tratamento humano que os ingleses da mineração de Morro Velho
davam aos seus. O tratamento era pelo geral dos mais duros e até de monstruosa
insensibilidade em muitos casos. A alimentação consistia no estritamente
necessário para que os “fôlegos vivos” (como eram chamados) não se
enfraquecessem demais ou não morressem de desnutrição, com grave prejuízo dos
trabalhos que deles se exigia. Interessava ao proprietário conservá-los, como
às bestas de carga, em boas condições de uso.
Barreado
A
alimentação, quase sempre, não passava de feijão bichado. A famosa feijoada,
hoje apreciada por muitos, era refeição dos escravos. Os senhores após
degustarem um porco, davam a eles os restos (orelha, rabo, patas…), que
misturavam com feijão preto.Uma comida principalmente conhecida no Sul é o
Barreado. Esta também era comida dos escravos. Era um pouco cansativo de
preparar: cavavam um buraco no chão; forravam-no com folhas de bananeira;
punham os restos de carne, e tampavam novamente com as folhas. Misturando
carvão com gordura, fabricavam uma espécie de papa, onde botavam nas laterais
do buraco para tapá-lo melhor. Conforme a cor das folhas ia mudando eles sabiam
se estava no ponto ou não.
No Paraná existem restaurantes muito conhecidos, onde servem principalmente o conhecido Barreado. Os senhores diziam para os seus escravos que comer manga com leite era veneno. Assim estes teriam medo e não roubariam mais. E até hoje muita gente acredita nisso, não comendo os dois ao mesmo tempo.
No Paraná existem restaurantes muito conhecidos, onde servem principalmente o conhecido Barreado. Os senhores diziam para os seus escravos que comer manga com leite era veneno. Assim estes teriam medo e não roubariam mais. E até hoje muita gente acredita nisso, não comendo os dois ao mesmo tempo.
Feijoada
Em
outros casos, a pobre besta escravizada tinha de se contentar com laranja,
banana e farinha de mandioca. E toca a trabalhar. Assim como ficou no nosso
folclore:
Comida
de negro brabo
Quatro laranjas num gaio
Uma cuia de farinha
Cinco ponta de vergaio
Quatro laranjas num gaio
Uma cuia de farinha
Cinco ponta de vergaio
Os
porcos tinham melhor alimentação, ou quando nada mais farta, porque era preciso
engordá-los para o abate. “Comida pouca e bem salgada, pro negro beber muita
água“, tal era o mote de muito senhor.
O
negro introduziu na cozinha o leite de coco-da-baía, o azeite de dendê,
confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o
feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angu
e pamonha.
A
cozinha negra, pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua
maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo
ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a
cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos
com camarão seco e a usar as panelas de barro e a colher de pau.
MILAGRE
PARA O GOVERNADOR TOMAR SOPA
O
primeiro negro pisou no Brasil com a armada de Martin Afonso. Negros e mulatos
(da Guiné e do Cabo Verde) chegaram aqui em 1549, com o Governador Tomé de
Souza, que comia mal e era preconceituoso: entre outras coisas, não admitia
sopa de cabeça de peixe, em honra a São João Batista.
Bem
que o Padre Nóbrega tentou convencê-lo de que era bobagem, mas Tomé de Souza
resistiu, até que o jesuíta mandou deitar a rede ao mar e ela veio só cabeça de
peixe, bem fresca e o homem deixou a mania, entrou na sopa.
Da
guiné vieram, principalmente, fulas e mandingas, islamitas e gente de bem
comer. Os fulas eram de cor opaca, o que resultou no termo “negro fulo”
(entrando depois na língua a expressão “fulo de raiva”, para indicar a palidez
até do branco). Os mandingas também entraram na língua como novo sinônimo para
encantamentos e artes mágicas. Mas os iorubanos ou nagôs, os jejes, os tapas e
os haussás, todos sudaneses islamitas e da costa oeste também, fizeram mais
pela nossa cozinha porque eram mais aceitos como domésticos do que a gente do
sul, o povo de Angola, a maioria de língua banto, ou do que os negros cambindas
do Congo, ou os minas, ou os do Moçambique, gente mais forte, mais submissa e
mais aproveitada para o serviço pesado.
O
africano contribuiu com a difusão do inhame, da cana de açúcar e do dendezeiro,
do qual se faz o azeite de dendê. O leite de coco, de origem polinésia, foi
trazido pelos negros, assim como a pimenta malagueta e a galinha de Angola.
ABARÁ
Bolinho
de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com
pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro
ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida
em água. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Iansã, Obá e
Ibeji).
ABERÉM
Bolinho
de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz moído na pedra, macerado
em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas. (No candomblé,
é comida-de-santo, oferecida a Omulu e Oxumaré).
ABRAZÔ
Bolinho
da culinária afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca,
apimentado, frito em azeite de dendê.
ACAÇÁ
Bolinho
da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e
depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira.
(Acompanha o vatapá ou caruru. Preparado com leite de coco e açúcar, é chamada
acaçá de leite.) [No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxalá,
Nanã, Ibeji, Iêmanja e Exu.]
ADO
Doce
de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite
de dendê e mel. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxum).
ALUÁ
Bebida
refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com
açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas
populares de origem africana.
QUIBEBE
Prato
típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne de sol ou com charque,
refogado e cozido com abóbora.
Tem
a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite de dendê e
cheiro verde.
Fonte:
www.cdcc.sc.usp.br
Leia a história a seguir e depois responda às
questões.
Chapeuzinho
Vermelho ficou grande.
Nilce Ferreira
Chapeuzinho Vermelho cresceu. Mas continuavam chamando-a de Chapeuzinho
Vermelho, apesar de agora não usar capuz e sim capacetes de todas as cores:
Amarelo, verde, azul, laranja, preto, tinha até cor de rosa com bolinhas
brancas.
Obrigava sua mãe a comprar um novo, todas as vezes
que iam as compras, pois fazia coleção.Mas seu preferido mesmo ainda era aquele
vermelho, presente de sua querida e amada vovozinha.
Sua
vida era muito boa: pela manhã ia à escola, à tarde ouvia música, lia livros,
ajudava sua mãe nos pequenos afazeres domésticos, como, dar milho às galinhas e
molhar as plantas.Os capacetes, ela os usava na moto que recebera de presente
de aniversário.
E estava
felicíssima. Combinava os capacetes com sua roupa, claro que não era uma moto
daquelas grandes e bem equipadas. Era uma moto simples, mas VELOZ.
Com ela
ia à escola, pois sua casa ainda ficava no meio da floresta e a estrada era de
terra.Sua mãe pensou ser mais seguro do que chapeuzinho ir a pé.
Além de
chegar mais rápido, não ficaria se distraindo pelo caminho, colhendo flores e
pedrinhas e nem conversando com estranhos. Cada dia que passava Chapeuzinho
ficava mais craque na moto.
Cada manhã
saía com um capacete, é claro, diferente.Como toda garota, tinha um espírito
aventureiro e era muito esperta e corajosa.Certa tarde, sua mãe pediu que fosse
até a casa da vovó levar um bolo de chocolate e suco de laranja, pois estava um pouco
resfriada.Chapeuzinho pegou um capacete e a cesta rápido, ligou sua moto e
partiu. Nem ouviu quando sua mãe gritou:
__ Cuidado com a estrada, vai devagar.Logo
Chapeuzinho estava na estradinha que levava à casa da vovó. Ia feliz,
apreciando a paisagem e pegando um ventinho gostoso no rosto.De repente, a moto
engasgou. Vocês sabem que todos os veículos a gasolina precisam dela para
andar.
Felizmente,
acabar o combustível não acontece de uma hora para outra.No painel há um
relógio que avisa o dono quando está precisando abastecer.Mas, às vezes, uma
moto pode perder inesperadamente sua velocidade e parar, quando seu dono é
bastante distraído e se esquece de olhar que o combustível acabou.
E foi exatamente isso que aconteceu naquela tarde
ensolarada. No meio da floresta a gasolina acabou.
Chapeuzinho e sua moto estavam paradas próximas ao
lago, sem nenhum posto de gasolina por perto.Quando Chapeuzinho estava chutando
sua moto, tentando em vão ligá-la, estacionou ao seu lado uma grande moto
“Harley Davidson”, toda preta, fazendo um barulho muito alto: RUM... RUM...
RUM...
Lá estava o lobo mal sentado em cima daquela
máquina, de todo tamanho. E perguntou:
__Onde você está indo, linda menina?
__ À casa da minha avó; por quê? __ respondeu
Chapeuzinho, sem muita paciência.O lobo querendo conquistar a menina e se
fazendo de bonzinho, ofereceu ajuda.
__ Deixa eu tentar consertar, menina. Mas antes me
diga, onde é que mora sua querida vovozinha?Chapeuzinho parou e com a cara
vermelha de raiva, disse:
__É o lobo mal, não é?
E está cansado de saber onde mora minha avó.
Vou falar pela última vez, hem? Fica detrás
daquele morro, é toda branca de portas e janelas amarelas.Falando isso,
entregou sua moto ao lobo Enquanto ele estava envolvido com o defeito,
Chapeuzinho deu um pulo em cima da “Harley Davidson” e saiu em disparada pela
floresta.
__Vou pegar você! __ Gritou o lobo mal,
furioso.Chapeuzinho chegou primeiro à casa da avó. Foi entrando e falando:
__Levante dessa cama.
Vamos nos esconder. O Lobo Mal deve chegar logo.As duas ficaram dentro do
armário com uma vassoura na mão, e Chapeuzinho logo telefonou para o zoológico,
pedindo socorro.Logo depois, o Lobo chegou cansado e bufando de tanto correr e,
de barriga vazia, morrendo de fome.Não bateu.
Arrebentou a porta e
partiu em direção à cama da vovozinha. Chapeuzinho Vermelho, muito esperta,
havia colocado algumas almofadas embaixo das cobertas, para enganar o Lobo.
Quando o Lobo se jogou
na cama, as duas partiram para cima dele, cada uma com uma vassoura e começaram
a bater com o cabo na sua cabeça com todas as suas forças.
Quando os homens do
zoológico chegaram, as duas já tinham vencido o lobo com tantas vassouradas.Ele
estava chorando no chão, pedindo para ser levado ao zoológico e tentava se desculpar:
__Eu só queria devolver
a moto. __ Ia dizendo baixinho, enquanto a cabeça parecia estar com a maior
enxaqueca do mundo.Dizem que até hoje o Lobo está muito bem obrigado, vivendo
no zoológico, e não quer nem ouvir falar de Chapeuzinho Vermelho. Aliás, ele
até virou vegetariano.
Após a leitura
do texto, responda:
1) Que
características são comuns à chapeuzinho vermelho na história original e na
história atual?
Usavam enfeites na cabeça que combinavam com sua roupa,
apreciava a natureza nas duas histórias, era muito prestativa e amorosa,
corajosa e esperta.
2) Que
diferenças são possíveis perceber na chapeuzinho menina e na chapeuzinho
crescida? cite duas diferenças.As diferenças são que “chapeuzinho menina” usava
um chapeuzinho de tecido vermelho e a “chapeuzinho crescida” usava capacete, a
“chapeuzinho menina” andava a pé e a “chapeuzinho crescida” andava de moto.obs:
professor, outras diferenças poderão ser registradas pelas crianças. será
necessário verificar se elas estão de acordo com o texto.
3) Na
história original como é o encontro do lobo com chapeuzinho vermelho?
Na história original o encontro do lobo com a
chapeuzinho acontece em uma parte da floresta onde há muitas
flores e ele se faz de bonzinho e engana a menina indo à casa de sua avó pelo
caminho mais curto.
4) Escreva
como é o encontro desses dois personagens no texto apresentado.Nessa
história, o encontro com o lobo com chapeuzinho acontece em uma
estrada e os dois estavam “pilotando” uma moto. a moto da menina
estava com defeito e ele ao se aproximar não consegue enganá-la, pelo
contrário, ela é quem o engana e vai rapidamente para a casa de sua avó.
5) Na história
atual, a autora revela uma rotina de atividades importantes e necessárias na
vida de chapeuzinho vermelho.
Retire do texto as atividades que chapeuzinho faz
em um dia e depois registre se há semelhanças ou diferenças entre a rotina dela
e a sua.
rotina de chapeuzinho vermelho (retire do
texto):rotina de chapeuzinho:“pela manhã ia à escola, à tarde ouvia música, lia
livros, ajudava sua mãe nos pequenos afazeres domésticos, como, dar milho às
galinhas e molhar as plantas”semelhanças e diferenças entre sua rotina e a
dela:rotina pessoal (cada criança deverá escrever coisas que fazem parte de sua
rotina, semelhanças e diferenças.)
6) Releia o
trecho abaixo:
Logo chapeuzinho estava na estradinha que levava à
casa da vovó. ia feliz, apreciando a paisagem e pegando um ventinho gostoso no
rosto.
Identifique as palavras desse trecho que estão no
diminutivo:as palavras que estão no diminutivo são: chapeuzinho, estradinha e
ventinho.explique o efeito que o diminutivo provocou no sentido de cada palavra
no texto.
chapeuzinho dá ideia de
carinho, delicadeza, afetividade.
estradinha dá ideia de
estrada pequena, estreita, estrada de interior.
ventinho da ideia de que
havia um pouco de vento que refrescava o rosto da menina. pequena quantidade de
vento.
7) O final da história original também se difere
dessa história.que diferenças você consegue registrar, em relação ao final das
histórias: “chapeuzinho vermelho” e “chapeuzinho vermelho ficou grande”?Na
história original, chapeuzinho é enganada pelo lobo que diz ser sua avó e
depois é devorada pelo animal que demonstra muita gula. depois de algum tempo é
retirada da barriga do lobo por um caçador. nessa história o lobo é quem é
enganado e a menina esconde- se no armário com sua avó e “pegam” o lobo de
surpresa no momento em que ele entra em casa.
8) No
final da história, o lobo tenta justificar o motivo pelo qual ele teria ido à
casa da vovó.Qual é essa justificativa?o lobo diz que só queria devolver a
moto para a menina
9) a) procure o
significado da palavra vegetariano no dicionário. registre-o
nas linhas a seguir de acordo com o sentido do texto.vegetariano quer
dizer: aquele que faz uso de alimentos vegetais.
b) explique a frase: “aliás, ele até virou
vegetariano.”
de acordo com a história, o lobo ficou traumatizado
com a experiência vivida, quando tentou devorar a vovozinha de chapeuzinho.
desde então não quer mais saber de se alimentar de carne, só com vegetais.
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