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quinta-feira, 15 de março de 2012

Poemas trabalhados no mês de março

Rima dos Bichos

Vamos brincar com a rima
Pra ver em que bicho vai dar
E a rima vai ser com bichos
Vamos começar a rimar...
É rato que rima com gato
Leão que rima com cão
É foca que rima com porca
E a rima não para não...
Javali vai rimar com jabuti
Rinoceronte talvez com elefante
Tatu rimou com canguru
E a rima segue adiante...
É ema que rima com hiena
Qual animal vai rimar com bode?
Vamos rimar esquilo com grilo
E quem não rimar que se sacode...
Cavalo rima com galo
Gambá, com tamanduá vai rimar
Paca vai rimar com vaca
Alguém ta a fim de parar?
Abelha rimou com ovelha
Leopardo rimou com veado
A brincadeira foi muito boa
Rimar foi bem engraçado.
AUTOR: JAIRO D. ÁVILA

Poemas de Cecília Meireles
Ou Isto Ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo:
ou isto ou aquilo...e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Poemas de Sérgio Capparelli

Minha Cama
Um hipopótamo na banheira molha sempre a casa inteira.A água cai e se espalha
molha o chão e a toalha.E o hipopótamo: nem ligo
estou lavando o umbigo. E lava e nunca sossega,
esfrega, esfrega, esfrega a orelha, o peito, o nariz
as costas das mãos, e diz: Agora vou dormir na lama pois é lá a minha cama

Elias José

Caixa mágica de surpresa
Um livro é uma beleza,
é caixa mágica só de surpresa.
Um livro parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.Um livro
tem asas longas e leves
que, de repente,
levam a gente longe, longe
Um livroé parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.
Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.

A casa e o seu Dono (Elias José)
Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.
Essa casa tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento
Quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de telha
Quem mora nela é a abelha.
Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata.
Essa casa é elegante
Quem mora nela é o elefante.
E descobri de repente
Que não falei em casa de gente.

A casa ( Vinícius de Morais)
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero. Oh, que escuridão!

Leilão de Jardim
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Quem me compra um jardim com flores?borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)

Fonte: "Ou isto ou aquilo", Cecília Meireles, ed. Nova Fronteira.




Caixa mágica de surpresa

( Elias José)
Um livro é uma beleza,
é caixa mágica só de surpresa.

Um livro parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe

Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.

O pato( Vinícius de Morais)

Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há.
O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela

Tem Tudo a Ver (Elias José)
A poesia tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.

A poesia tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.

A poesia tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,a veloz acrobacia dos peixes,as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas, a explosão em verde, em flores e frutos.



A poesia
— é só abrir os olhos e ver —
tem tudo a ver com tudo.

O vestido de Laura

O vestido de Laura
é de três babados,
todos bordados.

O primeiro, todinho,
todinho de flores
de muitas cores.

No segundo, apenas
borboletas voando,
num fino bando.

O terceiro, estrelas,
estrelas de renda
- talvez de lenda...

O vestido de Laura
vamos ver agora,
sem mais demora!

Que as estrelas passam,
borboletas, flores
perdem suas cores.
Se não formos depressa,
acabou-se o vestido
todo bordado e florido!

Fonte: "Ou isto ou aquilo", Cecília Meireles, ed. Nova Fronteira.


O relógio (Vinícius de Morais)
~~~~~~~~~~
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac

As Meninas
~~~~~~~~~~~~~~
Arabela abria a janela.
Carolina erguia a cortina.
E Maria olhava e sorria:
"Bom dia!"
Arabela foi sempre a mais bela.
Carolina,a mais sábia menina.
E Maria apenas sorria:
"Bom dia!"
Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
uma que se chamou Carolina.
Mas a profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"
Cecília Meireles

Minha Cama (Sérgio Caparele )
~~~~~~~~~~~~
Um hipopótamo na banheira
molha sempre a casa inteira.
A água cai e se espalha
molha o chão e a toalha.
E o hipopótamo: nem ligo
estou lavando o umbigo.
E lava e nunca sossega,
esfrega, esfrega, esfrega
a orelha, o peito, o nariz
as costas das mãos, e diz:
Agora vou dormir na lama
pois é lá a minha cama

Na chácara do Chico Bolacha

Na chácara do Chico Bolacha
o que se procura
nunca se acha!

Quando chove muito,
O Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.

Quando não chove nada,
Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.

Por isso, com o Chico Bolacha,
o que se procura
nunca se acha.

Dizem que a chácara do Chico
só tem mesmo chuchu
e um cachorrinho coxo
que se chama Caxambu.

Outras coisas, ninguém procura,
porque não acha.
Coitado do Chico Bolacha!~
Fonte: "Ou isto ou aquilo", Cecília Meireles, ed. Nova Fronteira.

Convite
Poesia é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio,pião.
Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
como a água do rio
que é água sempre nova.
como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
José Paulo Paes

Paraíso
Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóveis matar gente, mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
onde é que os pássaros vão morar?

Se este rio fosse meu,
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.

Se este mundo fosse meu,
Eu fazia tantas mudanças
Que ele seria um paraíso
De bichos, plantas e crianças.

José Paulo Paes Cadê
José Paulo Paes

Nossa! que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Dentro do bolso.
Cadê o bolso?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda-roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado a chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem?
Está dormindo
de luz apagada.
Nossa! que escuro!

Gato da China
Era uma vez
um gato chinês

que morava em Xangai
sem mãe e sem pai,

que sorria amarelo
para o Rio Amarelo,

com seu olhos puxados,
um pra cada lado.

Era um gato mais preto
que tinha nanquim,

de bigodes compridos
feito mandarim,

que quando espirrava
só fazia "chin!"

Era um gato esquisito:
comia com palitos e quando tinha fome
miava "ming-au!"

mas lambia o mingau
com sua língua de pau.

Não era um bicho mau
esse gato chinês,era até legal.Quer que eu conte outra vez?

José Paulo Paes

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